terça-feira, 22 de setembro de 2009

"Como se fosse a primavera..."

É primavera! E, como eu sou simplesmente apaixonada por flores, achei que era uma boa desculpa - ou a motivação de que eu estava precisando - para voltar a escrever mais uma vez. O fato é que sempre me identifiquei com uma música de Chico, que diz assim: "Quem lhe disse que eu era riso sempre e nunca pranto? Como se fosse a primavera, não sou tanto..."
Em alguns momentos, sinto vontade de contar às pessoas que, diferente do que muitas imaginam, eu não sou "riso sempre". O meu sorriso é fácil sim, eu sei. Meu tio me disse, "certa feita" (essa expressão é em homenagem ao meu amor), que não sabia como era meu rosto quando eu ficava séria, que nunca tinha me visto sem que eu estivesse sorrindo. Esses comentários são frequentes e, é claro, sempre me deixam muito satisfeita: sou uma pessoa feliz e o meu sorriso é apenas o reflexo disso. No entanto, em alguns dias tristes, eu sinto muita vontade de gritar para o mundo que não, eu não sou a primavera... Não sou "riso sempre"... E, mais do que isso: não consigo ser "nunca pranto". Deveria? Não sei...
Enfim, eu amo a primavera, as flores... Tento ser como elas. Tento, mas não sou não. Às vezes, no escuro, sem ninguém ver, eu sou pranto... Mas meu pranto é bem pequenininho, vai logo embora. Ao nascer do sol, ele já está longe. Tanto que eu arriscaria dizer que eu não sou a primavera, mas que devo ser sua irmã. Gêmea.