terça-feira, 31 de março de 2009

Fita cassete

Outro dia estava passeando numa feirinha, dessas super populares aqui em Brasília, com minha prima, de 14 anos, e uma das barracas vendia assessórios e enfeites confeccionados com fitas cassetes. Peguei uma daquelas fitas, tão familiares, e perguntei à minha prima se ela sabia o que era aquilo... Ela disse que não, nunca tinha visto uma antes! Fiquei surpresa!
Lembro bem que comecei a me interessar por MPB e bossa nova depois que ganhei uma fita cassete gravada pelo namorado da minha irmã. Comecei a ouvir e me encantei com a voz do Caetano. Adorei ele cantando Ouro de Tolo, de Raul Seixas... Foi aquela fita cassete que despertou em mim o interesse por essa coisa que hoje eu amo tanto: a música brasileira!
Todo esse filme passou por minha cabeça no momento em que a minha prima disse que não, não sabia o que era aquilo. Valia a pena explicar a importância daquela coisinha para uma menina de 14 anos que vive a era do i-pode (e similares)? Será que eu contaria para ela que eu ouvia num walkman, emprestado (nem sempre com muito boa vontade) pela minha irmã, minhas “fitas” do Asa de Águia, do Lulu Santos e da Legião Urbana? Tinha uma do Geraldo Azevedo também, que eu ganhei depois. Essas eram as originais. Mas eu também tinha várias outras que eu copiava de amigos ou que eu mesma produzia “sozinha” em tardes e tardes machucando os meus dedinhos, que já eram tortos, apertando o play-record, o pause e o stop ouvindo as rádios, para as quais às vezes chegava a ligar para pedir uma ou outra canção que eu “quisesse muito” ter. Quer saber uma coisa que me irritava? Quando a emissora de rádio enfiava um spot publicitário no meio da música. Todo esforço tinha ido por água abaixo... E quando as fitas desenrolavam, amassavam e davam o maior trabalho para recuperar? Era um exercício de paciência. Mas valia à pena... Nada se comparava ao prazer de colocar a fita cassete de volta no tocador e, ouvindo atentamente, perceber que o “acidente” não causou nenhum estrago nas minhas músicas. Que tempo bom!
No entanto, essas não são as únicas lembranças que tenho das danadas fitas cassetes não. Devo confessar que já nos tempos da faculdade, também andei às voltas com a bolsa cheia de fitas com os trabalhos e as reportagens das disciplinas de radiojornalismo. E isso, pelo menos ao que me parece, foi “outro dia”, eu não tenho nem cinco anos de formada! O que?? Eu disse C-I-N-C-O – A-N-O-S??? De F-O-R-M-A-D-A??? É, o tempo passa e a gente nem sente...

segunda-feira, 30 de março de 2009

Que o casamento seja uma continuação da festa de casamento...

Foi uma festa linda. Bonita, emocionante, mas sem exageros. Todos estavam felizes, sorriam sinceramente, derramavam lágrimas de felicidade por ver duas pessoas tão amadas realizando um sonho. Meu desejo é que o casamento de vocês, que na verdade começa agora, seja uma continuação daquela festa. Que na vida de vocês não falte o amor que havia naquela igreja toda enfeitada de rosas vermelhas. Que também não falte nunca a paz das rosas brancas que deixaram o salão da festa mais bonito ainda. Ah, que a alegria dos convidados seja apenas uma amostra das alegrias que vocês terão por toda a vida. Que não faltem músicas, e músicas muito boas, como aquelas que ouvimos até de manhã... Que também não falte a ternura e a beleza de Clarinha, Duda e Raul dançando, brincando, entrando na igreja! Ah, mas é claro, como eu poderia esquecer?!!! E que a vida de vocês seja sempre doce e deliciosa, como os bombons maravilhosos que serviram aos convidados! (E olha que de doce eu entendo.)

quinta-feira, 19 de março de 2009

Aos noivos!

Eu e minha irmã Queirol (Carol para os menos íntimos) sempre fomos muito amigas. Quando crianças, éramos grudadas e adorávamos brincar “de rica e de pobre” ou de “pegar soldadinho” na frente de casa. Na adolescência, ela era meu ídolo, especialmente porque sempre tirava dez em todas as matérias! E o mais engraçado é que não aceitava ser chamada de CDF de jeito nenhum: “a prova é que foi fácil”, explicava.
Sempre que eu precisava fazer uma tarefa mais difícil, eu pedia para ela me ajudar. Até hoje às vezes ainda me pego ligando para ela me socorrer em atividades que eu julgo tão complexas como comprar uma coisa qualquer pela Internet... Na semana passada, defendeu sua dissertação e recebeu o título de mestre. Quer dizer, só agora ela é mestre?? Esse povo não sabe de nada mesmo... Para mim, ela sempre foi mestre em tudo o que fez. Agora está chegando o seu casamento. E eu, que quando era criança cheguei a perguntar a minha mãe se “irmã podia casar com irmã”, porque “eu queria casar com Carol”, estou muito emocionada! Especialmente porque ela encontrou um noivo muitíssimo querido, meu irmão também, por opção e adoção. Aliás, costumo dizer que na minha família não existe maior unanimidade do que essa afirmação: “Thiago é ótimo”.
Tudo isso me fez lembrar o filme “Casamento do meu melhor amigo” - ao qual assisti muitas e muitas vezes na minha adolescência, sempre às lágrimas... Em seu discurso final, a personagem de Julia Roberts conclui: “para o meu melhor amigo, a melhor mulher”. Então assim eu também digo que para fazer a minha irmã querida feliz, somente mesmo o meu irmãozinho do coração.
E viva os noivos! Ah, e viva também a minha volta aos textos!