quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Minha vizinha e o pequeno anjo...

Bom, atendendo aos pedidos das minhas três leitoras, que valem por três mil, decidi aproveitar esta quarta-feira de cinzas em que a minha chefe me liberou do tronco, para voltar a escrever - mais uma vez. Não, não vou contar do meu carnaval...
Até porque a pessoa sobre quem eu vou falar “odeia carnaval”. Aliás, acho difícil imaginar algo que a minha vizinha histérica não odeie. Odeia a Internet, odeia dar banho no enteado... Odeia o próprio enteado e até o marido. Não, eu não a conheço, não sei sequer seu nome, só sei do que não gosta. Preferia não saber, mas ela não me deixa nenhuma escolha.
Pelo menos uma vez na semana, ela atualiza a vizinhança sobre os seus ódios com gritos estridentes que nos levam sempre às janelas do edifício. A cena se repete: nos entreolhamos como se confidenciássemos uns aos outros nossos desejos de não saber aquelas coisas, não ouvir frases tão duras, o desejo íntimo de que ela se cale logo. E que se mude, levando todo seu ódio para qualquer outro lugar.
Eu penso sobretudo na criança, um menino. Como não o conheço e não sei seu nome e sua idade, simplesmente o imagino com uma carinha de anjo... Me sinto culpada por não tomar nenhuma iniciativa. Não bater naquela porta e salvá-lo de todo aquele ódio! No meu íntimo, eu apenas peço a Deus que o proteja. E, bem secretamente, desejo que o pequeno anjo seja surdo.

3 comentários:

Tati disse...

Rê, lembrei de Bruna agora...será que ela continua reclamando da vida para os quatro cantos?

É triste conviver, mesmo não conhecendo né, com alguém tão amargurado com a vida. Como disse Valter Montani:

"Ódio. Sentimento desvairado, ímpio, insensato, que mata o matador, auto-flagela, atraindo sempre a dor.

Caminho tortuoso, obscuro e penoso, que corrói a mente, transforma homem em demente.

Opção estúpida, que coíbe a razão, prejudica o espírito, atrapalha a evolução

Sentimento desnecessário, sem a mínima reflexão, que aniquila a humanidade e destrói mente e coração."

Uma boa semana pra você!
Beijo,
Tati

Anônimo disse...

Filhota,
Agora já sabemos que o anjinho não é o enteado e sim o sobrinho. Quele foi deixado pela mãe, que mora neste "cubículo" sobre cadeiras de roda, que tem 5 anos e que a tia odeia ele e odeia dar banho nele......é uma louca! mas nós avisamos as autoridades, Ministério Público, Delegacia, Conselhos Tutelares.....é assim que se faz!

Anônimo disse...

Re amada nao sei quem sao as tres
mas eu to muito feliz de ser uma delas..
Quanto ao menino eu so penso que ainda bem que voces sao melhores pessoas qe buscaram ajuda Toda ajuda é necesaria par quem na vida nao pode amar as criancas.
bjs
S.