quinta-feira, 8 de março de 2012

O assalto

No momento em que ouvi a ordem para que descêssemos do carro, seguida imediatamente por um tiro, eu não consegui pensar em estratégias, em reação, em procurar um local seguro. Naquele momento, eu apenas senti medo. Muito. Medo de morrer e também um medo enorme de que algo de mau acontecesse a alguma daquelas pessoas tão “essenciais” para mim. Instintivamente, olhei para o lado oposto e vi o meu amor me esperando, com a porta do carro aberta. Rapidamente (não tenho certeza), fui em sua direção, sem que para isso fosse necessário pensar, escolher. Era como se a minha mente tivesse “desligado” com o susto e o meu corpo se movimentasse por conta própria.
Saí do carro e senti quando o meu amor colocou seu braço sobre o meu ombro, como se me abraçasse e protegesse. Não deu um passo até que eu o estivesse acompanhando. Enquanto eu tentava entender o que estava acontecendo, ele me guiava até um local mais seguro. Graças a Deus, tudo terminou bem.
Sem dúvidas, esse assalto foi o momento mais tenso da minha vida e, infelizmente, ainda tenho lembrado disso com certa frequência. Mas sempre que eu me lembro do que aconteceu, junto com a angústia, sinto a ternura do braço dele sobre mim. Me guiando, me apoiando, me protegendo. Me amando, enfim.

4 comentários:

Anônimo disse...

Minha linda,

O susto foi recíproco e todos os movimentos, quase instintivos. E como hoje não vivo sem você, o meu instinto era o de fugir COM você.
Beijo,

Júlio
Ps.: ainda bem que o ladrão não atirou na gente, pois, nesse caso, acho que o braço protetor não adiantaria muito.

Anônimo disse...

voces sao lindos!!
estou com muita saudade!!!
Re vamos de presente aprender outro favorito do julho?
nao vale queijo quente!!!
que o universo sempre os proteja!

Anônimo disse...

Minha Tuquinha,
Que quarta-feira ingrata!
Vamos esquecer o que passamos e louvar a Vida! É o que importa.....o resto "sai na linha de produção".
Lembrar do momento e ouvir o tiro ainda nos acompanhará por algum tempo de forma insistente, até que vai ficando para trás e não será mais importante no futuro,porque só restará a lembrança e o desejo de que aquela alma tão desesperado encontre a paz e que ele deixe os outros em paz. Ana Lourdes

Anônimo disse...

CADÊ O TEXTO DESTA SEMANA???
ESTOU COBRANDO, EM NOME DOS SEUS LEITORES!!!

Júlio