terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Bravo, bravo!

Já faz algum tempo que eu comecei a sentir Manuela dando piruetas na minha barriga, o que tem se tornado cada vez mais frequente. Agora, ela passa o dia inteiro se movimentando. E, talvez anunciando o que vem pela frente, a madrugada também.

Às vezes, ela se mexe tanto, que eu me acordo e demoro a dormir. Fico imaginando a carinha dessa sapeca, rolando sem cerimônias de um lado para o outro. Sem sono, nem penso em contar carneirinhos. Começo, isso sim, a contar os saltos e as cambalhotas da minha pequena acrobata. Chego a cantarolar baixinho: “Uma pirueta, duas piruetas! Bravo, bravo! Super piruetas, ultra piruetas! Bravo, bravo!”

Quando ela faz algum movimento com mais força, quase reclamando da minha posição, eu sinto uma dorzinha nas costas. E, rindo sozinha, lembro-me de outro trecho da música: “Ai, minhas costelas! Já tô vendo estrelas! Bravo, bravo!”

Ao meu lado, meu marido dorme tranquilamente, assim como a cidade toda lá fora. Ninguém faz ideia de que, dentro de mim, está acontecendo o maior e mais lindo espetáculo circense de todos os tempos. O Cirque de Soleil que se cuide!

Nenhum comentário: