quarta-feira, 15 de julho de 2009

Isso não se faz

Eu adoro a Clarice Lispector e o jeito como ela escreve (sim, escreve, no presente, porque quem ousaria dizer que ela morreu???). Me identifico muito, muito, muito! Quando leio os textos dela sinto como se os meus sentimentos fossem a inspiração de todas aquelas palavras. E eu penso: eu nem existia ainda, e essa moça já sabia tudo o que eu iria sentir... Como pode ser, meu Deus? Pareço egocentrista, pretensiosa? Tudo bem, nem me incomodo. Tenho certeza de que, quando a Clarice escreveu seus textos, o fez pensando em mim.
Sabem aquilo que o Mario Quintana falava, que um bom poema é aquele que, quando a gente lê, pensa que é ele que está lendo a gente e não o contrário...??! É assim que me sinto quando me deparo com os textos da Clarice.
Eu confesso: gostaria de poder imitá-la... Impossível. Então, tudo o que posso fazer é ler os seus textos e ter a nítida impressão de que ela é quem está, lá no século passado, me imitando. Essa moça rouba minhas idéias, meus pensamentos, sentimentos, desejos... E simplesmente joga tudo no papel! Escancara a minha vida para o mundo inteiro, sem qualquer cerimônia, sem me pedir permissão. Sinceramente, isso não se faz, moça!
(Mas que bom que você fez...)

Um comentário:

Ana Lourdes disse...

E ela imita minha fihota é?