terça-feira, 22 de janeiro de 2008

A vida dos outros

Meu namorado perguntou por que eu não escrevo mais... E, em homenagem a ele, resolvi escrever sobre o filme a que assistimos ontem à noite. Muito bonito.
Na verdade, tanto a sinopse como o início do filme me fizeram lembrar do espetacular 1984, de George Orwell. Muita gente deve ter feito essa conexão e é óbvio que não é por acaso que o filme se passa justamente nesse ano.
Mas, como eu falei, foi só no início... Embora esteja classificado como um "drama político", achei que o filme explora muito também os sentimentos humanos e a possibilidade de transformação de uma pessoa. Vamos à estorinha: na Berlim oriental, um oficial é designado para vigiar um autor de peças teatrais e a sua namorada. É exercendo essa função de espionar o casal que ele entra em contato com sentimentos que não conhecia, ou com os quais não tinha contato há bastante tempo, desde que passou a viver pela Stasi: violando a intimidade alheia e torturando "artistas rebeldes". Aos poucos, ele vai se transformando e, de delator, passa a protetor do casal. Uma espécie de anjo da guarda mesmo.
O torturador alemão frio e sem sentimentos do início é o mesmo que arruína sua carreira para preservar pessoas que sequer o conhecem. Acho que essa é a idéia principal do filme: é possível recuperar as pessoas. Todos podem mudar, arrepender-se, tornar-se melhor, mais justo, mais amável.
Bonita mensagem. Utópica? Pode ser. Mas, ontem, assistindo ao filme, juro que essa transformação me pareceu perfeitamente possível.

4 comentários:

Anônimo disse...

Julio tem razão de reclamar. Afinal, a pessoa cria um blog "voltei a escrever" e não volta... fica fuleirando!
Se parar depois vai criar um "voltei a escrever de novo"???
e depois "de novo voltei a escrever de novo"
Vai chegar uma hora que vai ser complicado decorar o endereço do blog

sua irmã preferida.

Anônimo disse...

Tuca,
Sempre há tempo para ser feliz, e só se é feliz fazendo o bem. Quem experimenta, repete. Por isso, é sempre bom acreditar na transformação do homem num ser melhor e mais evoluído emocionalmente. Voc^tem razão. Pode ser utópico, mas eu prefiro acreditar nisso.

Anônimo disse...

qual o nome do filme???

=P

saudades linda!

Anônimo disse...

Obrigado por não escrever o nome do filme...